Certo dia, um amigo me chamou para visitarmos um determinado
bairro onde lá, havia uma casa a venda. Confesso que a localização da casa não era das
melhores, porém a casa era grande, cingida de cores fortes, árvores, uma
garagem e um quintal grande. Por dentro, a casa era decorada com móveis rústicos,
cortinas novas, plantas por todos os lados, bem ventilada. Fato é que hora e
meia de visita, viemos embora. No caminho de volta, perguntei a ele o porquê
não se interessou pela casa. Sua resposta foi a seguinte: Eu me interessei sim,
mas somente pela casa. Os moveis até são bonitos, chamativos, porém não são
interessantes para mim.
Desde então, estive pensando. Porque os móveis daquela casa
o assustou? Engraçado dizer, mas muitas vezes, o armário bonito não serve, o
fogão automático pode parecer caro, a máquina de lavar de 10 kg pode ser algo exagerado
demais. Será mesmo que a casa estava decorada demais? Por
esses dias voltei lá novamente para saber se a casa já havia sido vendida. Ela
continua desocupada. Só ela e os seus móveis. Visitantes entram e saem sem fechar
contrato. Hora culpam o bairro, hora culpam os móveis.
Percebi que não adianta ter uma casa bonita, com móveis raros em um bairro simples... Alguns vão desconfiar do bairro, outros da casa com os móveis e ela sempre continuará vazia.
Percebi que não adianta ter uma casa bonita, com móveis raros em um bairro simples... Alguns vão desconfiar do bairro, outros da casa com os móveis e ela sempre continuará vazia.
É engraçado como muitas vezes nos identificamos com algumas
situações...
Muitas vezes eu falo de casas... Mas quero mesmo é falar do coração.
Muitas vezes eu falo de casas... Mas quero mesmo é falar do coração.
(Por Robson Silva)
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