Eu posso ver o sol apontando entre as montanhas, bem lá na ponta mais alta da árvore. O vento batendo bem de leve, balançando as folhas sem pressa, sem compromisso... O seu nome a passear entre a minha mente, vagamente entre as lembranças dos meus dias. Entre as lágrimas que restaram, achei os motivos que me fizeram partir; não sei bem ao certo quando decidi ir, mais das mentiras que ouvi, das tempestades que acalmei, a única certeza que tenho é que não quero mais. Não posso mais aceitar beijos que não me pertence, não posso mais aceitar abraços que não me prende; que não me aquecem... Não quero mais viver com você que parece com outras... Outras tão iguais... Outras tão previsivas e frias de sentimentos.
Quero viver um amor de verdade. Preciso experimentar o frio na barriga que só pode ser sentido quando se ama de verdade, quando se abraça com o coração.
Não quero mais ouvir mentiras, perseguir corações aventureiros, vazios e frios que só precisam de carinhos momentâneos para depois partir atrás de outras aventuras.
Quero algo que não me prometa nada, mas que me faça acreditar que será para sempre. Algo que me encante mais que a canção. Que me fascine muito mais do que a primavera e que me prenda mais do que um dedilhar de violino. Quero poder acordar de manhã e pensar em como é bom viver esse momento, sem se preocupar com o porvir...
Simplesmente não quero mais viver para alguém... Quero apenas viver com alguém... E se assim for, viveremos junto para o futuro... Sim; o nosso futuro.
(Por Robson Silva)
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